Questão-Problema:
terça-feira, 5 de maio de 2009
Diário de Bordo 5/05/09
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Diário de Bordo 30-04-09
Os alunos Sério Garcia e Luís Geraldes trabalharam na webpage.
O aluno José Marques trabalhou na parte gráfico do poster.
Diário de Bordo 28-04-09
Os alunos André Fernandes, Luís Geraldes e Sérgio Garcia começaram a pensar na elaboração do poster, visto que não havia computadores para ultilizar.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Diário de Bordo 23-04-09
O aluno Ricardo Silva ajustou alguns textos e ajudou na parte experimental.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Diário de Bordo 21/04/09
O André Fernandes, juntamente com o Luís Geraldes, trabalharam na parte experimental.
O José Marques ajudou na parte experimental e ajudou o aluno Sérgio Garcia na elaboração do website .
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Diário de Bordo 16-04-09
Diário de Bordo 14-04-09
terça-feira, 24 de março de 2009
Diário de Bordo 24/03/2008
Luís Geraldes
quinta-feira, 19 de março de 2009
Diário de Bordo 19/03/09
Os alunos André Fernandes, Luís Geraldes e Sérgio Garcia trabalharam numa experiência.
terça-feira, 17 de março de 2009
Diário de Bordo 17/03/2009
O Zé esteve a realizar o seu relatório final e o Ricardo realizou o relatório escrito da actividade laboratorial do "mergulhador magnético" e "tubo de raios catódicos" e organização de textos finais.
Diário de Bordo 12/03/2009
O restante tempo da aula foi preenchido pela professora Isabel Nogueira, que nos apresentou um projecto a realizar durante o resto do ano lectivo.
Diário de Bordo 10/03/2009
Começámos, então a preparar e a organizar os textos finais que serão entregues antes do final do 2º período.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Diário de Bordo 05-03-2009
Os alunos José Marques, Luis Geraldes e Sérgio Garcia trabalharam na medição de campos electromagnéticos a realizarem uma experiência na verificação da Lei de Biot-Savart.
O Luís enviou também um e-mail para o grupo da Sociedade Portuguesa da Física, responsável pelo projecto MEDEA, afim de esclarecimentos acerca do funcionamento do aparelho de medições.
Por: André Fernandes e Ricardo Silva
terça-feira, 3 de março de 2009
Diário de Bordo 3-02-09
Os alunos José Marques e Ricardo Silva trabalharam ao computador. Fizeram tabelas, e trabalharam nos textos do trabalho final.
domingo, 1 de março de 2009
Diário de Bordo 26-02-09
Os alunos Sérgio Garcia e José Marques realizaram experiências com o aparelho de forma a medir os campos eléctricos e magnéticos com os telemóveis.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Efeitos da exposição a campos de frequência extremamente baixa
Existem efeitos biológicos estabelecidos devido à exposição aguda a níveis elevados (bem acima de 100 microTesla), explicados por mecanismos biofísicos conhecidos. Campos magnéticos ELF externos induzem campos eléctricos e correntes no corpo, os quais, quando a intensidade é muito elevada, causam a estimulação de nervos e músculos e alterações na excitabilidade de células nervosas do sistema nervoso central.
Efeitos potenciais de longo prazo
Grande parte da investigação científica que examina os riscos de exposição a longo prazo a campos magnéticos ELF focava-se na leucemia infantil. Em 2002, o IARC publicou uma monografia em que os campos magnéticos ELF são classificados como "possivelmente carcinogénicos" para humanos. Esta classificação é usada para designar um agente para o qual existe uma evidência limitada de carcinogénese em humanos e uma evidência menos que suficiente de carcinogénese em experiências com animais (outros exemplos de agentes do mesmo grupo incluem o café e emissões em processos de soldagem). Esta classificação foi baseada na análise de dados agregados de estudos epidemiológicos que demonstram um padrão consistente no aumento em duas vezes na leucemia infantil associado a uma exposição média residencial, a campos magnéticos na frequência da rede, acima de 0,3 a 0,4 microTesla. O Grupo de Trabalho concluiu que estudos adicionais desde então não modificaram esta classificação.
Sérgio Garcia
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Diário de Bordo 19/02/09
Os alunos Ricardo Silva e André Fernandes trabalharam ao computador, realizando pesquisa de informação e organização da mesma.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Diário de Bordo 17/02/2009
O Luis e o André, estiveram a elaborar tabelas em Microsoft Word, nas quais iremos posteriormente apontar os valores obtidos em cada medição que se irá realizar na próxima quarta-feira dia 19 de Fevereiro de 2009.
André Fernandes e Luis Geraldes
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Diário de Bordo 12/02/2009
Hoje, o André e o Ricardo continuaram o planeamento de peças no programa Rhinoceros, as quais têm o intuito de posteriormente serem construidas para se executarem experiências e se fazerem demonstraçoes de vários conceitos abordados pelo grupo acerca do tema do Electromagnetismo. O José e o Sérgio estiveram a fazer algumas medições de campos magnéticos junto a uma bobina e a tirar algumas fotografias na sala de aula, para depois postarmos no nosso Blog. O Luis enviou um mail a um professor da universidade a fim de marcarmos uma entrevista sobre os efeitos biológicos da radiação e realizou um breve resumo de um artigo sobre os efeitos das radiações provocadas pelos telemóveis, publicado na Gazeta da Física.
André Fernandes
Magnetismo e Ímanes
1. Atraem o Ferro com forças cujas intensidades superam amplamente as intensidades das correspondentes forças gravitacionais
2. Ao serem suspensos pelo centro de gravidade, tendem a orientar-se pelo campo magnético existente. Na ausência de outros campos magnéticos tende a orientar-se pelo campo magnético terrestre.
3. A atracção exercida por um íman é mais forte nos pólos, enquanto na região central as acções magnéticas são praticamente neutras.
4. Pólos do mesmo tipo repelem-se e pólos de tipo contrário atraem-se.
5. Ao contrário das cargas eléctricas, os pólos magnéticos não têm existência isolada, ou seja, são inseparáveis. Um íman tem um pólo norte e um pólo sul. Quando se parte um magnete, cada um dos dois pedaços fica com um pólo norte e um pólo sul.
6. As linhas de campo magnético, criadas, divergem do pólo norte e convergem no pólo sul, sendo linhas fechadas. Isto porque, num íman saem do pólo norte, percorrem a zona que o rodeia, entram pelo pólo sul, e continuam no interior do íman, voltando a sair pelo pólo norte.
Os electrões podem ser entendidos como ímanes elementares da matéria. Portanto, podemos entender que quando um corpo não apresenta carácter magnético, os seus ímanes elementares estão dispostos de tal forma que os seus efeitos se neutralizam, ou seja, os momentos magnéticos dos electrões estão desordenados.
Para um mesmo íman as massas magnéticas são iguais em valor absoluto.
Cuidados a ter na Medição de Campos Eléctricos e Magnéticos cuja frequência é menor que 500Khz
1. Deve maximizar-se a distância entre o corpo da pessoa que mede e o aparelho. Recomenda-se até, para esse fim, que se use um tripé, feito de material não condutor, para apoiar o aparelho durante as medições.
2. Principalmente para medições no exterior a recomendação anterior é muito importante. Assim o corpo da pessoa deve estar a 1 ou 2 metros do aparelho no caso de haver tripé. No caso de se estar a segurar o aparelho durante a medição, deve estar-se com o braço esticado.
3. Para diminuir a interferência de outros campos electromagnéticos, nomeadamente aqueles que existem na proximidade do chão deve segurar-se o aparelho a uma altura entre cerca de 1 e 3 metros.
4. Nas medições exteriores, principalmente, assegurar que não existem pessoas nas proximidades do aparelho, nem que ele esteja junto a arbustos, árvores ou paredes, não devendo também o aparelho estar coberto. Estas estruturas além emitirem campos electromagnéticos, são também barreiras físicas aos campos emitidos pelo objecto alvo da medição, principalmente para baixos comprimentos de onda, visto que estes campos têm baixa capacidade de se difractarem.
5. Visto que o aparelho apenas mede o campo eléctrico segundo a uma direcção, na medição deste deve usar-se um método denominado “panning approach”, com o qual o aparelho guarda qual o valor máximo registado enquanto se estava numa determinado região. Assim deve mover-se o aparelho nesse espaço segundo as três direcções espaciais para assim se determinar um valor máximo do campo eléctrico nessa região. Este método é especialmente útil para, por exemplo, salas onde existam muitos fios eléctricos e aparelhos que emitam campos electromagnéticos. Contudo para medições junto de linhas de alta tensão se a medição for efectuada sem recurso ao “panning approach” o erro associado a essa medição será de apenas 5%.
6. Aquando da medição deve registar-se as características físicas, como árvores, arbustos, máquinas, etc., da região onde ocorreu a medição para correctamente se poder interpretar os resultados obtidos.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Diário de Bordo 10/02/09
José Marques
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Diário de Bordo 05-02-2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Diário de Bordo 03-02-09
O André Fernandes realizou uma pesquisa sobre impacto ambiental e social da radiação.
O José Marques realizou uma pesquisa sobre o funcionamento do aparelho e suas instruções, de forma a estar melhor preparado na ultilização do aparelho. Além disso enviou um mail a confirmar a data do próximo encontro com o professor António Espírito Santo, que deverá ser na próxima aula de Área de Projecto.
O Luís Geraldes preparou e enviou um email para a UBI a pedir ajuda a um professor sobre efeitos biológicos, e se possível realizar uma entrevista sobre esse mesmo tema.
O Ricardo Silva tratou de trabalhar no blogue, colocando informações sobre as equações de Maxwell, e o próprio diário de bordo, além de ter ajudado no envio do email, e no entendimento de algumas partes do livro de instruções do aparelho.
O Sergio Garcia pesquisou sobre aplicações da radiação electromagnética na sociedade, bem como colocar no blog essas informações.
Equações de Maxwell
Quando Maxwell desenvolveu as suas quatro equações, apercebeu-se de que elas conduziam à existência de ondas electromagnéticas. E quando calculou a velocidade dessas ondas no vácuo, chegou ao valor de 300 000 000 metros por segundo. Como se sabia já na altura, essa era a velocidade da luz no vácuo. Desta forma, Maxwell percebeu que a luz mais não era do que uma onda electromagnética, o que acabou por fundir também a Óptica com o Electromagnetismo. Esta descoberta foi comprovada experimentalmente por Heinrich Hertz em 1888, e constitui um dos marcos mais importantes da física do século XIX.
Para saber mais:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%B5es_de_Maxwell
http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/mat_esp/maxwell/maxwell.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Clerk_Maxwell
Ricardo Silva
Aplicações da radiação electromagnética na sociedade
Uma das aplicações mais divulgadas é a do diagnóstico com raios X, cujos benefícios são indiscutíveis, sendo também frequentes as aplicações de radioisótopos no diagnóstico médico e a utilização de radiações para destruição de tumores cancerígenos, prolongando assim a vida de muitos doentes.
Uma outra aplicação das radiações é a esterilização de instrumentos cirúrgicos e produtos médicos. O método de esterilização possível para alguns produtos farmacêuticos, não oferece qualquer risco na utilização dos produtos, pois o tipo de radiação não induz radioactividade nos produtos tratados e tem sobre os processos químicos a vantagem de não deixar quaisquer resíduos indesejáveis.
A radiografia industrial, ao permitir detectar eventuais defeitos de fabrico, é outra aplicação essencial para garantir a segurança em muitos equipamentos e instalações. De muitas outras aplicações na indústria e nos estudos científicos destacamos a utilização das radiações na detecção de incêndios e o uso de moléculas marcadas com radioisótopos para seguir a deslocação de substâncias no metabolismo de plantas ou animais.
As radiações aparecem ainda como subproduto de processos cuja finalidade não é a sua produção. O mais conhecido é a produção de energia por via nuclear, mas existem outros exemplos, como a produção de imagens de TV e os mostradores luminosos de relógios ou outros instrumentos. Uma outra componente da exposição de origem artificial, presente no ambiente, provém da precipitação por agentes meteorológicos, das substâncias radioactivas formadas nas explosões nucleares para ensaio de armas nucleares na atmosfera, ou provenientes de acidentes em instalações nucleares.
Sérgio Garcia
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Diário de Bordo 27/1/09
sábado, 24 de janeiro de 2009
Efeitos da Radiação Electromagnética
A intensidade com que a radiação electromagnética afecta a matéria depende da sua energia e da forma como interagem com as moléculas que encontram.
Campo Magnético e Electromagnetismo
Chama-se campo magnético de um íman à região do espaço onde se manifestam as forças de origem magnética. À semelhança do que acontece com o campo gravítico ou eléctrico, um íman cria em seu redor um campo magnético que é mais intenso em pontos mais próximos do íman e que se atenua à medida que nos afastamos dele.
Para representar graficamente um campo magnético, utilizaremos as linhas de força.
Sobre um íman recto colocaremos uma folha de papel com limalha de ferro. As linhas de força são, pois, linhas imaginárias que representam a forma como se alinhou a limalha. O sentido das linhas, representado por setas, foi escolhido de forma arbitrária, saindo do pólo Norte e entrando no pólo Sul.
Electromagnetismo:
Os fenómenos eléctricos e magnéticos apresentam alguns aspectos semelhantes, embora parecessem fenómenos independentes. Em 1820, o físico e o químico Hans Christan Oersted conseguiu demonstrar a relação entre eles. A sua experiência consistiu em aproximar uma bússola de um circuito de corrente contínua (parece que acidentalmente) e observou que a bússola se desviava, colocando-se perpendicularmente à direcção da corrente. Ao ligar os pólos do gerador ao contrário, para mudar o sentido da corrente, a agulha desviou-se também numa direcção perpendicular, mas com os pólos orientados em sentido contrário. Desta experiência chegou à seguinte conclusão: um condutor por onde circula uma corrente eléctrica cria um campo magnético. Para determinar o sentido do desvio da agulha magnética utiliza-se a regra da mão direita. Ao colocar a mão direita sobre um fio condutor, de tal modo que o sentido convencional da corrente entre pelo pulso e saia pelos dedos, o dedo polegar indicará o pólo Norte do campo magnético.
Para visualizar o campo magnético criado por um fio condutor rectilíneo pode fazer-se a seguinte experiência: atravessa-se uma cartolina com um fio condutor ligado aos pólos de um gerador; quando se deita limalha de ferro em redor do fio, esta orienta-se formando círculos concêntricos: são as linhas de força. Para determinar o sentido das linhas utiliza-se a regra da mão direita ou a regra do saca-rolhas que avança no mesmo sentido da corrente. De tudo isso, tiram-se as seguintes conclusões:
1 – Uma carga eléctrica cria um campo magnético.
2 – Uma carga eléctrica em movimento cria, alem disso, um campo magnético.
3 – Para exprimir a existência dos dois campos, diremos que a corrente eléctrica cria um campo electromagnético.
O electromagnetismo estuda, pois, as relações entre as correntes eléctricas e fenómenos magnéticos.
Bibliografia:
Engº Carneiro, R; Activa Multimédia - Ciências Experimentais; Lexicultural (2004)
Luís Geraldes
As Ondas Electromagnéticas
Os sinais de rádio e de televisão, dos telemóveis, as ondas radar, as das instalações eléctricas das casas, os raios ultravioleta do Sol, os raios cósmicos são muitos dos exemplos de ondas electromagnéticas invisíveis ao nosso olhar.
O facto é que os nossos olhos são sensíveis apenas a um pequeno conjunto de ondas electromagnéticas: a luz.
As ondas electromagnéticas são geradas pelo movimento das partículas possuidoras de uma carga eléctrica, normalmente os electrões (partículas elementares, com uma massa muito pequena: 9,1 x 10^-28 gramas, mas considerada a unidade fundamental da electricidade).
Cada partícula carregada gera à sua volta um campo eléctrico; quando existe uma oscilação da carga, o campo eléctrico é perturbado, sendo esta perturbação propagada como uma onda.
A oscilação de um campo eléctrico acompanha sempre a oscilação simultânea de um campo magnético. Portanto, as perturbações dos campos eléctrico e magnético progridem juntas, sendo por isso que as suas ondas são denominadas de electromagnéticas.
No vazio, todas as ondas electromagnéticas viajam à velocidade da luz. Algumas são ideais para transportar sinais a grandes distâncias, como as ondas rádio. O radar é um método que permite detectar e localizar objectos distantes, como aviões ou navios, através da sua capacidade para reflectir ondas de rádio ou microondas emitidas por um transmissor. Com maior frequência do que as ondas de rádio, existem os raios infravermelhos emitidos pelos objectos quentes, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X e gama. Algumas destas radiações podem atravessar o nosso corpo, tornando-se, às vezes, muito perigosas porque danificam partes vitais das células, como por exemplo, as moléculas de ADN, de onde provêm graves doenças.
Bibliografia:
Leonardi, A.; Luz, Som, Electricidade - Enciclopédia Pedagógica Universal; ASA Editores II (2001)
Luís Geraldes
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Indução Electromagnéctica e Lanterna de Faraday
Referindo, de novo Faraday, ele descobriu a indução electromagnética, o princípio de funcionamento por trás de geradores, transformadores, motores eléctricos e da maioria das máquinas eléctricas. Resumidamente este fenómeno pode ser descrito do seguinte modo:
- Um campo magnético ao atravessar uma espira faz com que nela surja um fluxo magnético – Φ. Este fluxo pode variar : movendo um íman junto à espira (pode variar a intensidade de fluxo que atravessa o íman ou o ângulo que ele faz com o campo magnético, fazendo também deste modo variar o fluxo), movendo a espira nas proximidades de um íman ou deformando a espira.
- Se o fluxo magnético que atravessa uma espira variar no tempo surge uma força electromotriz induzida - f.e.m. Esta é a diferença de potencial ou tensão responsável pelo aparecimento de corrente eléctrica induzida na espira.
Repare-se que a variação do fluxo magnético, isto é, um campo magnético variável, gera uma corrente eléctrica à qual está associado um campo eléctrico, donde se conclui que as fontes de campo eléctrico são não só cargas eléctricas, mas também campos magnéticos variáveis.
Com base na Indução Electromagnética, Faraday formulou uma lei a que hoje se chama Lei de Faraday, que diz o seguinte: “A intensidade da tensão induzida (f.e.m.) numa espira é proporcional à variação do fluxo magnético que atravessa a espira.”
Uma das principais aplicações deste fenómeno que é a Indução Electromagnética, e de grande importância nas sociedades contemporâneas, é a produção de energia eléctrica em centrais hidroeléctricas. Outra aplicação deste fenómeno é também o princípio de funcionamento dos microfones e dos altifalantes de indução.
Como vimos um íman ao mover-se próximo de um circuito, gera uma corrente induzida. Existem múltiplos aparelhos baseados nesse princípio, sendo um deles a Lanterna de Faraday. Este aparelho é em termos de forma semelhante a uma lanterna normal, não usando no entanto pilhas nem bateria! Possui um enrolamento de fio de cobre à volta de um cilindro de plástico, que forma uma bobine cujos terminais se ligam a uma fonte luminosa. No interior do cilindro existe um íman que não está estático em relação à bobine podendo mover-se ao longo do cilindro. Assim ao pegar nesta lanterna e agitá-la, o íman move-se em relação à bobine, fazendo variar, no tempo, o fluxo que a atravessa. Isto, como vimos gera uma f.e.m. que origina uma corrente eléctrica no circuito que vai fazer com que a fonte luminosa acenda.
Este aparelho é bastante prático por não precisar de pilhas nem de bateria, estando disponível a qualquer momento com uma simples agitação. Por ser tão funcional é já produzida e comercializada por várias empresas.
Claro que se o seu princípio de funcionamento fosse apenas este, sem qualquer outra alteração, após parar de a agitar, a lanterna apagar-se-ia, porque o fluxo deixava de variar. Os modelos comerciais são melhorados com uma bateria interna que é recarregada por indução (ou então possuem um condensador que sinteticamente é um armazenador de cargas eléctricas) e que assim permite que após se parar de agitar a lanterna, esta se mantenha acesa.
Aprofundei o funcionamento desta lanterna porque na parte experimental do trabalho gostaríamos de realizar uma experiência que demonstrasse a indução electromagnética. Esta lanterna pareceu-me uma boa hipótese para desenvolver e após pesquisar percebi que é uma actividade cuja realização é possível e que é algo de atractivo e capaz de cativar as pessoas a perceber como funciona e assim se darem conta de como a ciência explica de um modo simples muitos dos fenómenos que presenciamos no dia-a-dia. O próximo vídeo mostra como podemos construir a lanterna de Faraday.
José Marques
Webgrafia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o_electromagn%C3%A9tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Faraday
http://dmail.gastronomias.com/prodotto.php?cod=125381&PHPSESSID=7dcdfbe5a458494de
http://www.fis.uc.pt/df/z/ozone.php?args___=3.5.3.1.5..7.y1&w=1&id_activ=c.1.2
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Diário de Bordo 22-1-09
Para avaliar se o problema da experiência estaria no modo como foi concepcionada ou devido a factores externos, tentaram electrizar os electroscópios que se encontravam no laboratório.
Além disso começamos também a experiência de Induçao Electromagnética tendo estado a ver quais os materiais que existiam no laboratório para podermos realizar essa experiencia.
Verificou-se que nenhum deles funcionou tendo por isso adiado a concepção da experiência para um dia mais seco. O Sérgio e o Luís estiveram a trabalhar com o medidor de campos electromagnéticos, tendo tomado um primeiro contacto com o aparelho. Estiveram também a obter mais informações acerca do modo de carregamento da bateria, dos modos de medição e das unidades de mediçao utilizados (picotesla e nanotesla).
Diário de Bordo 20-1-09
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Restrições Básicas e Níveis de Referência
a) Restrições Básicas
b) Níveis de Referência (destinados a limitar a exposição)
A indução de cancros por exposição prolongada a Campos Electromagnéticos não foi provada. No entanto é considerada a possibilidade de a exposição prolongada a CEM poder provocar efeitos biológicos a longo prazo, até porque o estudo nesta área é ainda inconclusivo e está a ser empreendido.
Restrições Básicas
As restrições da exposição aos campos eléctricos, magnéticos e electromagnéticos que variam no tempo, baseadas directamente em efeitos sobre a saúde e em considerações biológicas, designam-se «restrições básicas».
Dependendo da frequência do campo, as grandezas físicas utilizadas para especificar estas restrições são a densidade do fluxo magnético (B), a densidade da corrente (J), a taxa de absorção específica de energia (SAR) e a densidade de potência (S). A densidade do fluxo magnético e a densidade da potência podem medir-se facilmente nos indivíduos expostos.
Em função da frequência, utilizam-se as seguintes grandezas físicas para especificar as restrições básicas relativas aos CEM:
Entre 0 Hz e 1Hz prescrevem-se restrições básicas para a densidade do fluxo magnético de campos magnéticos estáticos (0 Hz) e para a densidade de corrente dos campos variáveis no tempo até 1 Hz, a fim de prevenir efeitos sobre o aparelho cardiovascular e o sistema nervoso central;
Entre 1 Hz e 10MHz prescrevem-se restrições básicas para a densidade de corrente, a fim de prevenir efeitos sobre as funções do sistema nervoso;
Entre 100 kHz e 10 GHz prescrevem-se restrições básicas para a SAR, a fim de prevenir o stress térmico em todo o corpo e um aquecimento localizado excessivo dos tecidos. Na gama de 100 kHz a 10 MHz prescrevem-se restrições tanto para a densidade da corrente como para a SAR;
Entre 10 GHz e 300 GHz prescrevem-se restrições básicas para a densidade de potência, a fim de prevenir o aquecimento dos tecidos à superfície do corpo ou próximo dela.
José Marques
Fonte:
Portaria n.º 1421/2004
Curiosidade: O que as Linhas de Alta Tensão conseguem fazer!
Esta iluminação nos tubos de luz fluorescente é resultado de um desperdício de energia por parte da Linha de Alta Tensão que se reflecte na propagação de Ondas Electromagnéticas, o que vai fazer com que os tubos acendam, porque o gás que se encontra no seu interior se ioniza, formando-se plasma (estado da matéria na qual os electrões se encontram livres). Esses electrões ao embater na parede do tubo que está revestido com uma tinta especial, provocam a emissão de radiação visível.
André Fernandes
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Legislação Portuguesa referente aos CEM - Definições e Grandezas Físicas
A expressão «campos electromagnéticos» (CEM) inclui:
- Os campos estáticos (Campos eléctricos estáticos e Campos magnéticos estáticos)
- Os campos de frequência extremamente baixa (FEB)
- Os campos de radiofrequência (RF), que incluem microondas e a gama de frequências entre 0HZ e 300 GHz
A) Grandezas Físicas
No contexto da exposição aos CEM, utilizam-se habitualmente oito grandezas físicas:
Grandeza | Definição | Unidade em SI | Observações |
Ic | Corrente de contacto entre uma pessoa e um objecto. | A (Ampére) | Um objecto condutor num campo eléctrico pode ser carregado pelo campo. |
J | A densidade da corrente define-se como a corrente que flui através de uma secção de área unitária perpendicular à sua direcção num volume condutor, tal como o corpo humano ou parte deste. | A/m2 (Ampére por metro quadrado) | |
E | A intensidade do campo eléctrico corresponde à força exercida sobre uma partícula carregada independentemente do seu movimento no espaço. | V/m (Volt por metro) | A intensidade do campo eléctrico é uma grandeza Vectorial. |
H | A intensidade do campo magnético, juntamente com a densidade do fluxo magnético (B), especifica um campo magnético em qualquer ponto do espaço. | A/m (Ampére por metro) | A intensidade do campo magnético é uma grandeza Vectorial. |
B | A densidade do fluxo magnético dá origem a uma força que actua sobre cargas em movimento. | T (Tesla) | A densidade do fluxo magnético é uma grandeza Vectorial. No espaço livre e em materiais biológicos, a densidade do fluxo magnético e a intensidade do campo magnético podem ser intercambiáveis, utilizando-se a equivalência 1 A/m = 410-7 T. |
S | A densidade de potência é a potência radiante que incide perpendicularmente a uma superfície, dividida pela área da superfície. | W/m2 (watt por metro quadrado) | A densidade de potência é a grandeza adequada utilizada para frequências muito elevadas, onde a profundidade de penetração no corpo é baixa. |
SA | A absorção específica de energia define-se como a energia absorvida por unidade de massa de tecido biológico. | J/Kg (Joule por quilograma) | Neste texto é utilizada para limitar os efeitos não térmicos, resultantes da radiação de microondas constituídas por impulsos. |
SAR | A taxa de absorção específica de energia define-se como o ritmo a que a energia é absorvida por unidade de massa de tecido biológico. | W/Kg (Watt por quilograma) | A média desta grandeza calcula-se na totalidade do corpo ou em partes deste. 1. A SAR relativa a todo o corpo é uma medida amplamente aceite para relacionar os efeitos térmicos nocivos com a exposição à RF. 2. Para além da SAR média relativa a todo o corpo, são necessários valores SAR locais para avaliar e limitar uma deposição excessiva de energia em pequenas partes do corpo, em consequência de condições de exposição especiais, como por exemplo a exposição à RF na gama baixa de MHz de uma pessoa ligada à terra, ou a pessoas expostas num campo próximo de uma antena. |
Destas grandezas, as que podem medir-se directamente são:
- A densidade do fluxo magnético (B)
- A corrente de contacto (Ic)
- A intensidade do campo eléctrico (E)
- A intensidade do campo magnético (H)
- A densidade de potência (S)
José Marques
Legislação Portuguesa referente aos níveis de campos electromagnéticos
Informações sobre Grandezas Físicas Associadas aos Campos Electromagnéticos (CEM) e definição de Restrições Básicas e Níveis de Referência
O conhecimento e análise desta portaria é de grande importância para a realização do nosso trabalho, visto que além de nos dar a conhecer quais os níveis de referência e precauções a ter, indica-nos também quais os conceitos fundamentais, ao nível teórico, deste tema, de modo a dar-nos orientação nos temas que devemos abordar.
“Regula a autorização municipal inerente à instalação e funcionamento das infra-estruturas de suporte das estações de radiocomunicações e respectivos acessórios (…) e adopta mecanismos para fixação dos níveis de referência relativos à exposição da população a campos electromagnéticos (0 Hz-300 GHz).”
1. Definições
- Grandezas Físicas
- Restrições Básicas e Níveis de Referência
Diário de Bordo 14-01-09 : Ida à UBI .
sábado, 17 de janeiro de 2009
Lei de Lenz
Que qualquer corrente induzida tenha um efeito que se opõe à causa que a produziu é uma consequência do princípio da conservação de energia. Se assim não fosse, o sistema em questão (por exemplo, íman-espira) iria aumentar a sua energia ilimitadamente, violando-se dessa forma o princípio de conservação de energia.
Ricardo Silva
Fotografias tiradas durante algumas aulas de Área de Projecto.
Pesquisa de Informação
Primeira Apresentação do nosso projecto à turma
Depois do trabalho feito, está na hora de arrumar
Observação de Plasma (Gás Ionizado)
O trabalho é duro, mas tem de ser
Primeira ida à UBI
Organização do Portfolio
Ricardo Silva
Força de Lorentz
No caso geral, em que temos um campo eléctrico e um campo magnético, a força sobre uma carga em movimento carregada é dada por:
A expressão mostra que se uma partícula não estiver carregada electricamente, não será afectada. Se uma partícula entrar num campo magnético perpendicularmente a ele, irá começar a fazer um movimento ao longo de uma circunferência. Caso atinja o campo magnético obliquamente à direcção desse mesmo campo, irá realizar um movimento helicoidal, cujo eixo coincide com a direcção do campo magnético.
A força de Lorentz é uma componente fundamental para o estudo do electromagnetismo.
Para visualizar o movimento helicoidal de uma partícula num campo magnético: http://www.youtube.com/watch?v=a2_wUDBl-g8
Para aprofundar conhecimentos: http://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_de_Lorentz
Ricardo Silva
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Cobertura Electromagnética
Tal como se pode visualizar na Figura 1, a intensidade do campo electromagnético radiado por uma antena diminui rapidamente com a distância, tipicamente proporcional ao inverso do quadrado da distância. Isto significa que a densidade de potência associada ao campo electromagnético se reduz de um factor de 4 sempre que se duplica a distância em relação à antena da estação base. A densidade de potência num local dá uma medida da energia que pode ser absorvida por um tecido biológico exposto à radiação de uma fonte electromagnética.
Figura 1
Sérgio Garcia
As Antenas
Figura 1
Na Figura 1 representa-se o nível de radiação emitido por uma antena omnidireccional. As zonas a sombreado concentram a radiação emitida. Pode-se observar que, no plano horizontal, a radiação é distribuída da mesma forma por todo o espaço. Já na Figura 2, em que se representa a radiação proveniente de uma antena directiva, se observa que a radiação é essencialmente distribuída numa direcção bem definida do espaço.
Uma característica comum a estes dois tipos de antena e que se pode constatar quer na Figura 2, quer na Figura 3, é que a radiação é geralmente inclinada para o solo. A inclinação dos diagramas de radiação pode ser feita mecânica ou electricamente.
Tipicamente, distinguem-se duas zonas de radiação dos campos electromagnéticos provenientes de uma antena (Figura 3): a zona próxima e a zona distante. A zona próxima vai desde a antena até à distância de alguns comprimentos de onda e caracteriza-se por apresentar uma relação bastante complexa entre os campos eléctrico e magnético. A zona distante estende-se desde o limiar da zona próxima até ao infinito e caracteriza-se por os campos eléctrico e magnético apresentarem uma relação bem conhecida e serem perpendiculares entre si.
Figura 2
Sérgio Garcia
Descrição geral dos sistemas de comunicações moveis
As estações base não são mais que um conjunto de diversos equipamentos que trocam informação com os terminais móveis. De entre os equipamentos que constituem uma estação base, os mais visíveis são as antenas (apenas uma ou várias) e o mastro de suporte. É muito importante diferenciar estes dois elementos (Figura ), uma vez que só as antenas emitem radiação activamente.
As estações base distribuem-se geograficamente segundo uma rede de forma mais ou menos regular, ao contrário do que acontece por exemplo com a distribuição das antenas de difusão de rádio e televisão. Isto acontece porque os sistemas de comunicações móveis são bidireccionais, ou seja, o terminal móvel para além de receber informação da estação base também transmite sinais no sentido inverso. Assim, e como a capacidade de alcance do terminal móvel é limitada, as estações base têm de estar distribuídas regularmente para garantir que em qualquer local seja possível comunicar; por outras palavras, para garantir aquilo que em linguagem técnica se designa por “cobertura” de um dado local. Esta situação é semelhante ao sistema de iluminação pública, em que os postes de iluminação estão distribuídos de uma forma regular de modo a garantir que cada local seja devidamente iluminado.
Cada estação base é capaz de estabelecer ligação com um número limitado de terminais móveis, dizendo-se portanto que a sua capacidade é finita. Dependendo do número de chamadas a efectuar num dado local, assim haverá mais ou menos estações base nesse local. É por este motivo que nos centros urbanos, caracterizados por um maior número de utilizadores, existem mais estações base do que nos meios rurais.
Sérgio Garcia
Como se mede a Radiação?
Sérgio Garcia
Quais os limites de radiação em Portugal?
Sérgio Garcia
Os Limites de Referência da radiação
Figura
Sérgio Garcia
O que são os Limites de Segurança da exposição a radiação?
Os limites de segurança são estabelecidos por vários organismos internacionais (como por exemplo, ICNIRP, IEEE, CENELEC, FCC, etc.) baseados nos mais diversos estudos. Estes limites são adoptados pelos diversos países, e são as autoridades competentes de cada país que têm a obrigação de fiscalizar o seu cumprimento.
Acompanhando o conhecimento científico actual, o estabelecimento dos limites de segurança baseia-se na procura dos valores mínimos a partir dos quais começam a surgir efeitos biológicos adversos à saúde, independentemente do mecanismo que os gera. Actualmente, o único mecanismo confirmado como potencial gerador de efeitos prejudiciais à saúde resultantes da exposição à radiação de radiofrequência é o aquecimento dos tecidos biológicos. É portanto com base nesse mecanismo que são estabelecidos os limites de segurança na banda das radiofrequências. No entanto, discute-se actualmente se esta é a abordagem adequada, uma vez que existe a possibilidade da ocorrência de efeitos não-térmicos e efeitos a longo prazo que podem ser adversos para a saúde.
Radiações Ionizantes ou Não-Ionizantes?
Os fotões associados à radiação de radiofrequência não têm energia suficiente para causar a ionização de átomos ou moléculas, pelo que a radiação de radiofrequência se diz não-ionizante, tal como acontece com a luz visível, infravermelhos e outras formas de radiação electromagnética com frequência relativamente baixa.
É muito importante não confundir os termos ionizante e não-ionizante, uma vez que os mecanismos de interacção com o corpo humano são bastante diferentes.
Sérgio Garcia
Parte de Investigação - Analisador de Espectros Electromagnéticos
José Marques
Radiações electromagnéticas, não tão perigosas como pensado!!
No entanto, os maiores problemas associados ao funcionamento dos sistemas de comunicações móveis dizem essencialmente respeito à “percepção do risco” pela população (isto é, ao modo como a população interpreta o risco) e não tanto ao “risco” em si mesmo.
De um modo geral, os níveis de exposição do público às radiações provenientes de estações base são muito inferiores aos níveis de referência constantes da Recomendação do Conselho nº 1999/519/CE, de 12 de Julho, adoptados em Portugal através da Portaria nº 1421/2004, de 23 de Novembro, sendo considerados insignificantes quando comparados com a exposição aos próprios telemóveis. Esses níveis são inferiores aos que estão associados ao funcionamento das estações de radiodifusão sonora e auditiva. Não são conhecidos efeitos prejudiciais à saúde para valores abaixo dos níveis de referência estabelecidos e legalmente definidos.
Face aos conhecimentos científicos actuais e de acordo com os resultados de numerosos estudos epidemiológicos desenvolvidos até ao momento, não foi identificado qualquer risco para a saúde das populações (mesmo em idosos, grávidas e crianças) que habitam nas proximidades de estações base, onde os níveis de exposição atingem somente uma pequena fracção dos valores recomendados.Têm ocorrido manifestações individuais de sintomas (ex. dores de cabeça, cansaço, tonturas), para os quais até ao momento não se estabeleceu qualquer relação com a exposição aos campos electromagnéticos.
Não existe perigo de interferência electromagnética das radiações provenientes de estações base com o normal funcionamento de dispositivos médicos tais como pacemakers ou próteses metálicas.
O principal risco associado ao uso do telemóvel é o de acidente pela sua utilização durante a condução, que pode aumentar em cerca de 4 vezes. Com efeito, os estudos epidemiológicos já realizados demonstraram uma forte associação causal entre a utilização de um telemóvel durante a condução automóvel e o aumento do número de acidentes de viação, embora tal efeito não esteja relacionado com os campos electromagnéticos gerados, mas sim com a dispersão da atenção.
Quanto aos riscos para a saúde associados à exposição decorrente da utilização do telemóvel, muitos estudos têm sido realizados; no entanto, até à data nenhum estudo permitiu concluir sem qualquer dúvida a associação entre a utilização do telemóvel e efeitos prejudiciais na saúde. Para reduzir a exposição aconselha-se a utilização de um sistema kit mãos livres ou a redução da duração das chamadas. A utilização de um auricular ou de um dispositivo Bluetooth, pelo facto de afastar o telemóvel da cabeça durante a conversação, é um acessório útil e apresenta características preventivas. Nesta situação, a zona mais exposta do organismo humano será aquela que se encontra mais próxima do telemóvel.
Relativamente às crianças, a exposição ao telemóvel tem início mais precocemente em comparação com um adulto de hoje e tem vindo a aumentar. Por este motivo, devem os pais ponderar entre os benefícios e as desvantagens associados a essa utilização.Recomenda-se ainda que as pessoas portadoras de diferentes implantes electrónicos (ex. pacemakers) transportem o telemóvel afastado cerca de 15 cm do seu implante e o utilizem no lado oposto quando efectuam uma chamada.
Não se aconselha também a utilização de telemóveis nas unidades de saúde, em áreas onde existem equipamentos médicos susceptíveis de sofrer interferências electromagnéticas, uma vez que o desempenho destes equipamentos poderá ser afectado pela existência de campos electromagnéticos de fontes de radiações não ionizantes.
Sérgio Garcia